domingo, 31 de janeiro de 2010

Paixão adolescente

Julieta está sentada em frente à TV, está chorando muito alto. Robert aparece assustado.

Robert: Julieta, você está bem?
Julieta: Sim papai! É que esse programa é tão bonito e emocionante.
Robert: Isso é o canal de venda de gado!
Julieta: Eu sei, faz me lembrar da nossa viagem para a fazenda da tia avó Esmeralda. Lembra?

Julieta começa a ter um flashback. Está no pasto, rodeada de muitas vacas e bois que pastam. Uma velha senhora sai da casa vermelha e começa a chamar.

Velha: Clarisse! Venha Clarisse, não fique muito tempo no sol! Venha comer uns biscoitinhos da vovó!
Julieta: Já vou vovó!

O flashback acaba.

Robert: Espera aí! Seu nome não é Clarisse e nós não temos nenhuma parente caipira que mora numa fazenda! Esse flashback não é sobre a sua vida!
Julieta: Esse que é o triste! Não conheço ninguém na minha vida, além de vocês e minha turma da escola.
Robert: É, e olha que a maioria desses te odeia!
Julieta: Exatamente. Preciso conhecer gente nova, talvez até encontrar um namorado novo...
Robert: E o Bob, a cadeira? Pensei que você estivesse namorando ele.
Julieta: Bob e eu demos um tempo, ele é muito cara de pau! Entendeu? Porque ele é uma cadeira de madeira! (começa a rir escandalosamente, mas Robert não ri junto).
Robert: Ééé.....tanto faz! Mas como você pretende conhecer alguém novo? Vai fazer sucessivas plásticas e mudar de identidade?
Julieta: Não! Queria apenas receber uma mensagem lá de cima. Alguma coisa que me mostre o que fazer! (o programa de venda de gado acaba, um homem aparece na tela).
Leo Legal: Você é gorda, feia e burra?
Julieta: Sim, sim eu sou!
Leo Legal: Já está cansada de falar com seus móveis, pois não tem amigos de carne e osso?
Julieta: Sim!
Leo Legal: Então se escreva no novo programa de relacionamentos para adolescentes! O “Paixão Adolescente”.
Robert: Parece que você vai se inscrever nesse programa, não é mesmo?
Julieta: Aham.
Robert: E eu acho que não tenha nada que eu possa fazer para impedi-la.
Julieta: Não. Eu vou ser popular e amada por todos!
Robert: Ou vai conhecer um completo estranho que vai acabar te estuprando! Mas não posso fazer nada para mudar sua mente.

Julieta, Robert e Harold estão nos bastidores do programa.

Julieta: Nem acredito que eles me aceitaram!
Robert: Pois é! Não deve ter ninguém no mundo mais desesperada que você, minha filha.
Julieta: Obrigada.....eu acho...
Harold: Alguém pode me dizer por que eu estou aqui?
Robert: Talvez porque você preze pela vida popular e amorosa da sua querida netinha...
Julieta: Ou porque meu pai de deu dinheiro para isso!
Harold: Não me lembro muito bem....mas a segunda afirmativa é mais válida! (uma mulher aparece).
Contra-regra: Senhora Julieta Normal, o show vai começar em 10 minutos! Esteja preparada. Familiares, por favor, vão para a platéia.
Julieta: Ai meu deus Condor! Vão ser os minutos mais longos da minha vida!
Harold: Faltam menos de 9 minutos agora.
Julieta: Nossa! Como o tempo passa rápido nessa série!
Harold: Bem, nós temos que ir.
Robert: Boa sorte, filha.
Harold: É, você vai precisar muito dela!

O programa começa. O apresentador, vestindo uma roupa dos anos 60, aparece e anda até o centro do palco.

Leo: Boa tarde para todos! Sou eu, Leo Legal, apresentando mais uma tarde de pura paixão e fervor adolescente! Estão preparados para conhecer nossos participantes de hoje?
Auditório: SIM!
Leo: Ótimo! Nossa garota desesperada por companhia de hoje se chama Julieta Norma! Vive num bairro no subúrbio, é feia de dar dó, burra como uma porta......bem, chega de elogios!
Julieta: Olá pessoal! Estou muito feliz de estar aqui hoje!
Leo: Para aqueles que não conhecem as regras do jogo jovem do amor, Julieta terá que escolher entre três jovens garotos, igualmente feios e desesperados. Porem, escolherá o verdadeiro amor de sua patética vida por meio de perguntas formuladas por mim.
Robert: Só espero que ela não me envergonhe em rede nacional!
Harold: Espero que um desses candidatos seja podre de rico.
Leo: Nosso primeiro pretendente é Milo Milhões! O adolescente arquimilionário da Cidade Central.
Milo: Olá pessoal! Boa tarde bela dama.
Robert: Nossa, esse está realmente desesperado!
Leo: Bem, os outros candidatos seriam apresentados, mas não temos muito tempo para isso. Sem falar de que o avô de Julieta nem quer saber quem são!
Julieta: Podemos começar logo com isso?
Leo: Tudo bem! Primeira pergunta....
Julieta: Para todos os três. O que vocês fariam se eu fosse uma linda princesa que estivesse presa em uma torre?
Leo: Isso realmente está escrito ai?
Julieta: Sim...
Leo: Perguntas complexas....semana passada a pergunta mais complicada foi qual é sua cor favorita?!
Candidato 1: Eu abriria a porta e subiria as escadas.....ninguém disse que você estava trancada na torre!
Candidato 2: (suando e tremendo sem parar) Eu...eu...eu....eu explodiria a torre!
Milo: Eu alugaria um caminhão de bombeiros para te salvar com a minha escada!
Julieta: Milo. O que você mais gosta na pretendente feia? Quero dizer, em mim?
Milo: Sua estrutura óssea!
Julieta: Sério? As pessoas normais costumam dizer que eu sou gorda mesmo!

Depois de muitas perguntas chatas e desnecessárias.

Leo: Então, Julieta? Já escolheu sua nova paixão adolescente?
Harold: É bom que aquela garota escolha o riquinho, senão vai acordar com a boca cheia de formigas!
Julieta: Nossa vovô! Seja mais discreto! Depois de muito pensar e decidi escolher o Milo Milhões.
Leo: E o porquê dessa sua escolha?
Julieta: Primeiro, porque ele é rico...
Robert: Sua mãe estaria orgulhosa de você agora!
Julieta: Segundo porque ele é o único candidato que tem nome!
Leo: Então que assim seja! O novo casal do momento é....Julieta Normal e Milo Milhões!
Auditório: YEAH!

Os Normais voltam para casa, desapontados.

Harold: Garota burra! Você só me dá despesas!
Julieta: Poxa, quem diria que Milo era um milionário falido?
Robert: Eu não sei, mas você está proibida de ver aquele garoto pobre e mentiroso!
Harold: É, pobre aqui em casa já me basta a Josefa!
Julieta: Vocês não me querem ver feliz?
Robert e Harold: Não...

Fim

domingo, 24 de janeiro de 2010

A vida secreta dos Secretos

Robert, Emily e Margaret estão sentados em poltronas na varanda, olhando a vida de seus vizinhos.

Robert: O que estamos fazendo aqui mesmo?
Margaret: Cala a boca! Você está atrapalhando toda a nossa diversão!
Emily: É. E só para você se manter informado, estamos bisbilhotando a vida destes patéticos moradores de subúrbio.....Olha só para aquele impotente do Sebastian Perfeito, é um vagabundo sem trabalho que, para piorar, ainda é submisso a esposa!
Robert: É, como ele é inútil!
Emily: Eu deixei você falar?!
Robert: Não querida!
Emily: Acho bom! Espera um pouco, você não deveria estar trabalhando para me sustentar?
Robert: Hoje é domingo!!
Emily: Muito engraçado. Você tem folga aos domingos enquanto eu trabalho duro para cuidar desta casa! (Julieta aparece vestida de camponesa medieval, segurando um esfregão e com um balde enorme na cabeça).
Julieta: Mamãe, posso parar de ser escravizada para tomar um sorvete?
Emily: NÂO!
Julieta: (chorando) Eu odeio a minha vida!
Emily: Viu? Meu trabalho é bem difícil!

Todos vêem um casal saindo de uma das casas paralelas a dos Normais. Ambos estão vestindo sobretudos pretos, chapéus e óculos escuros.

Emily: Esses dois eu nunca vi! Quem são eles?
Margaret: É um novo casal de moradores, se mudaram para cá semana retrasada. O que mais me intriga é ambos saem todos os dias as cinco da tarde....e sempre estão usando essas roupas de agentes secretos!
Robert: E você sabe quem são?
Margaret: Drrrr! São os Secretos... nossa, como você é burro! Pensei que tivesse lhe ensinado melhor que isso!
Robert: Nossa mãe, como você é gentil!
Margaret: Obrigada filho! Eu amo você...
Robert: Tudo bem... vou ignorar essa repentina mudança de humor!
Emily: Robert! Você é mesmo burro! Essa velha vive mudando de humor!
Margaret: É mesmo minha querida nora? Pois saiba que eu te acho uma vagabunda biscate de quinta categoria!
Emily: (se levantando) Não tenho tempo para esses seus devaneios, tenho coisas mais importantes para fazer!
Robert: Como o que?!
Emily: Vamos seguir esses vizinhos e descobrir qual é a deles! Vamos Robert...
Robert: Ah querida... temos mesmo?
Emily: Você por acaso está ignorando a minha ordem?!
Margaret: Você não vai simplesmente deixar a sua mulher falar assim com você? Seja homem uma vez na vida e se imponha!
Robert: Sim mamãe! Emily, eu definitivamente não irei com você! E nada que você diga ou faça irá mudar minha opinião!

Na cena seguinte, os três estão camuflados atrás de uma moita, Robert está com o braço engessado e com um tapa-olho no lado direito do rosto. Os Secretos entram numa joalheria do outro lado da rua. Os Normais os seguem.

Chloe: Muito bem, já estamos cheios dessa palhaçada... quem são vocês e por que estão nos seguindo?
Margaret: Nós, seguindo vocês?
Emily: Isso é um absurdo. Estamos aqui porque meu marido decidiu comprar meu amor com esses maravilhosos brincos de perola!
Roger: Vocês realmente acham que nós não percebemos que tinha um arbusto andante nos seguindo durante cinco quadras!?
Robert: Eu te disse que nós não deveríamos ter seguido eles...
Emily: Não foi nada disso! Foi só um erro de cálculos, da próxima vez nos disfarçaremos de cactos... ninguém vai perceber!
Chloe: Então, podem ir abrindo a boca! Por que nos seguiram até aqui?
Roger: Por acaso vocês são enviados de alguma organização inimiga?
Margaret: Quê?
Chloe: Nada! É que meu marido tem uma imaginação muito fértil... ele vive pensando que é espião...
Emily: Que patético! O meu pensa que é um milionário dono de uma empresa de bonecas!
Robert: Mas isso é verdade!
Emily: Sim querido, vamos acreditar nisso assim como acreditamos que um dia você deixará de ser impotente!
Chloe: Já estou ficando nervosa! Pela ultima vez, quem são vocês e o que fazem aqui?
Emily: Tudo bem, você nos pegou. Somos os Normais, seus vizinhos!
Chloe: Já entendi tudo! A velha mania de perseguir os novos vizinhos....
Robert: Eu disse que era contra isso desde o começo!
Roger: Não se sinta culpado, nós fazemos isso o tempo todo!
Chloe: Está ficando tarde, não é mesmo? Acho melhor vocês irem embora antes que meu marido fale mais alguma coisa inapropriada!
Emily: Tudo bem, nós vamos simplesmente sair pela porta (Emily se vira).
Robert: Nós não vamos embora, não é mesmo?
Emily: Claro que não. Quero descobrir os podres deles, e pelo visto eles têm vários. Já percebeu que estão escondendo alguma coisa?
Margaret: Aposto que, pelas roupas que usam, são dois cafetões! Uma vez vi eles saindo a noite usando roupas de couro apertadas......podem ser strippers também!
Robert: Ou então cafetões strippers! Tudo bem, vamos chegar na porta e ficar do lado de fora ouvindo tudo.

Robert, Emily e Margaret se aproximam da porta da joalheria. Um grupo de cinco homens entra armado no estabelecimento. Os Normais se escondem atrás de uma prateleira de anéis de diamantes.
Emily: Querido, olha só para esses diamantes!
Ladrão: Vocês! Secretos, nós estamos aqui para roubar esses diamantes para que nosso chefe possa construir a sua arma de destruição final!
Chloe: Pois fale pra ele escolher capangas melhores da próxima vez! Não um completo idiota que exponha todo o plano para nós!
Ladrão: Droga! Alguma coisa me diz que eu não deveria ter dito isso...
Roger: Normalmente os vilões principais nos prendem primeiro para depois nos contar o plano, ai nós nos soltamos e o prendemos. Você deve ser novo nisto!
Ladrão: É, sabe como é, estagio de vilão não é fácil!

A porta da joalheria se abre. Um homem com um dedo de ouro e uma arma dourada entra na loja.

Emily: Ah não! É aquele homem da arma de ouro! E do dedo de ouro! E do olho de ouro! Nossa, se ele tem tudo de ouro, porque está assaltando uma joalheria?
Margaret: Não sei. Só estou feliz do Harold não estar aqui conosco!
Emily: Com certeza! Aquele velho mão-de-vaca ia tentar arrancar o dedo deste homem nem que fosse com os dentes!
Dr. Vilão: Hahahaha! Se não são os Secretos, meu casal de agentes secretos inimigos favorito!
Robert: Eles são agentes secretos?
Emily: Que sem graça... pelo menos isso explica o sobrenome anormal!
Dr. Vilão: Fiquem olhando enquanto eu roubo esses diamantes para...
Roger: Nós já sabemos do seu plano, Dr. Vilão!
Dr. Vilão: Mas como!?
Chloe: Seu estagiário nos contou!
Ladrão: Foi mal aí chefinho!
Dr. Vilão: Já chega! (Dr. Vilão dá um tiro para o alto. Alguns dos diamantes da estante caem ao lado de Emily) Vou acabar com vocês dois e depois construirei minha arma do juízo final! Acabarei com o planeta Terra e depois partirei para outras galáxias, pois para mim o mundo não é o bastante!
Roger: Não nos provoque Dr. Vilão, pois nós temos uma licença para matar!
Emily: Olha só para essas jóias! Querido, eu quero um desses maiores que seu pênis!
Margaret: Ah querida... péssima escolha, qualquer um desses de segunda categoria vai servir!
Robert: Obrigado pela ajuda mãe. Querida, infelizmente estamos no meio de um tiroteio entre mafiosos e nossos novos vizinhos espiões... não é uma boa hora pra comprar diamantes!
Chloe: Se renda Dr, Vilão! Afinal, você somente vive duas vezes!
Emily: Como assim?
Chloe: Não consegui encontrar uma frase melhor para esse trocadilho!
Emily: Ah sim! Percebi!
Dr. Vilão: Já chega dessa brincadeirinha! (atira um liquido de sua arma que prende os Secretos na parede. Pega os diamantes e foge pela porta).
Roger: Dr....nããããõoooo!!
Emily: Ah, não agüento mais essa palhaçada! (Emily se levanta de se aproxima Dr. Vilão)
Corta a cena. Dr, Vilão está preso dentro de uma caixa no aeroporto indo em direção a Rússia.

Emily: Pronto, agora a próxima noticia que receberemos dele será da Rússia com amor! Não me canso dessas piadinhas!
Chloe: Nossa Emily! Seu desempenho foi fantástico! Para você é viver e deixar morrer! Acho que você terá que morrer outro dia! Para você o amanhã nunca morre!
Emily: Tudo bem, já chega! Cansei!
Chloe: Desculpe, acho que exagerei um pouquinho! Sabe, eu até simpatizei com você, pena que sua memória terá de ser apagada!
Robert: Depois de tudo que nós fizemos para ajudar vocês!?
Emily: Você quer dizer tudo que eu fiz!
Roger: Eles têm razão querida. Vamos dar uma chance para vocês, mas não poderão contar para ninguém da nossa identidade!
Emily: Você está louco? Quando chegar em casa a primeira coisa que irei fazer é colocar tudo isso no meu blog!
Margaret: Espere! Qual seria o preso de nosso silencio?
Roger: Ah, que tal as suas vidas?!
Emily: Não, no caso da velha isso seria barato demais... queremos outra coisa...
Chloe: Que tal esses diamantes grandes e brilhantes?
Robert: Isso não seria considerado roubo?
Emily: Robert, cala a boca e enche o bolso. Você também velha... agora que eu parei para pensar, você está muito calada hoje, por quê?
Margaret: Por nada! É que eu tive um dia bem atípico hoje! Isso tudo me fez lembrar de um antigo namorado meu... um espião que me amava!
Emily: Então Secretos, o que vocês irão fazer agora?
Roger: Nada. Por que, alguma idéia?
Emily: Estava pensando em irmos naquele novo cassino de Cosmópolis... qual é mesmo o nome?
Chloe: Royale?!
Emily: Esse mesmo! Como adivinhou?
Chloe: Sabe Emily, as vezes as coisas são tão previsíveis!

Fim

domingo, 17 de janeiro de 2010

Quem é mais inteligente que um caipira?

Margaret, Harold, Eric e Julieta estão no supermercado fazendo compras. Margaret está puxando o carrinho.

Eric: Cuidado vovó! Não chegue com essa coisa para tão perto de mim! Você quer me atropelar, é?
Margaret: Calma amor... é só um carrinho de supermercado... não vai machucá-lo!
Eric: Bem, de qualquer maneira é melhor você ir um pouco mais para o lado porque senão...
Margaret: Eu disse calma porra! Cala a boca de uma vez.
Eric: Tudo bem... desculpa... (Faz-se silencio por um tempo) Espere um minuto... eu estou reconhecendo este caminho... não me diga que estamos indo para o... (Eles viram e entram num novo setor de produtos. Uma musica de terror começa a tocar) Setor de Cereais!
Margaret: Nós precisávamos vir aqui. Você sabe que acabaram os cereais lá em casa.
Eric: Ao escambau com os cereais! Vovó, você sabe que eu tenho medo de cereais! Por favor, não me obrigue a entrar aí, por favor!
Margaret: Deixa de ser fresco garoto e entra logo ou eu vou te dar um motivo verdadeiro para ter medo! (Eric sai correndo e se esconde atrás de Julieta)
Harold: Margaret, nós podemos comprar esse cereal! Ele chama-se ‘Veggie Squares’ e tem uma águia colorida na frente! Compra, por favor! Ou que tal esse? Tem um leão na frente! Eu gosto de leões! Quero dizer... menos aquele do imposto... babaca, só sabe roubar meu dinheiro! Mas esse é legal! Tem até uma bandana! Compra, compra!
Margaret: Harold, calma! Você sabe que só pode comer cereais integrais...
Harold: Droga! Cereais integrais são um lixo!
Margaret: Ora querido! Não diga isso.

Enquanto isso, na fabrica de cereais integrais...

Homem 1: Chefe, acabou o lixo... como vamos fazer mais cereais?
Homem 2: Mande alguns daqueles caminhões laranjas para recolher mais...
Homem 1: Você é quem manda!

De volta ao supermercado.

Julieta: Vovó, compra o cereal das princesas para mim? Vem até com uma tiara especial!
Harold: Julieta, sejamos realistas sim. Um, você nunca em um milhão de anos seria uma princesa e dois, essa tiara ia se perder no minuto que você a botasse no seu cabelo.
Eric: É, como o meu frisbee!
Harold: Ou minha escova de dente!
Margaret: Ou o nosso cachorro.
Harold: Vamos admitir que você tem um cabelo péssimo.
Julieta: Vocês me odeiam! (Julieta sai correndo)
Harold: Julieta, volte aqui!
Margaret: Calma Harold, ela volta. Infelizmente ela sempre volta...
Eric: Águias gays e esquizofrênicas, leões pedófilos, tiaras especiais... depois perguntam porque eu tenho tanto medo de cereais...

Os Normais estão na fila do caixa. Zé do Campo e sua esposa Gigi do Campo, os vizinhos caipiras dos Normais chegam com o carrinho. Gigi está grávida.

Zé do Campo: Olha só quem está aqui! Se não são nossos queridos vizinhos, Margaret e Harold Normal.
Gigi: E não se esqueça do pequeno Eric Normal! Você é uma gracinha! (Ela aperta levemente as bochechas de Eric)
Eric: Por favor, não me toque com suas mãos sujas e cheias de germes...
Margaret: Olha só Harold, são Zé e Gigi do Campo!
Harold: Ah sim, aqueles nossos vizinhos caipiras burros!
Margaret: Aham! Eles são burros pra caramba! E pelo que eu sei a mulher vive grávida.
Zé: Esse é o nosso primeiro filho.
Margaret: Viu, não falei que eles eram burros.
Gigi: Querido, não podemos atrasar muito! Temos aula de cuidados com o bebê hoje à tarde!
Zé: É verdade! Temos que nos preparar para sermos os melhores pais que pudermos! Vamos procurar outra fila, essa está demorando muito. (Eles olham para o caixa. A mulher está tentando passar o mesmo produto varias vezes sem conseguir) Depois nos falamos melhor vizinhos! Tchau!
Harold: Tchau Zé, tchau Gigi! Simpáticos eles, não? É até um pouco irritante...
Margaret: Você viu os dois, nos esnobando só porque eles vão para a “Aula de Cuidados com o bebê”! Aposto que eles se acham melhor que a gente?
Harold: Não sei Margaret... acho que você está enxergando mais nisso do que realmente há... não creio que Zé e Gigi do Campo estejam nos esnobando, eles só...
Margaret: Pelo visto eles compraram ‘Veggie Squares’.
Harold: Aqueles malditos! Jogando na minha cara que eu tenho um intestino podre e eles não!
Margaret: Nós somos mais inteligentes que eles! Tudo que eles fazem nós podemos fazer melhor!
Harold: É! Nós devíamos entrar na aula de cuidados com o bebê e mostrar isso para eles!
Margaret: Apoiado! Vamos agora mesmo!
Eric: Espera aí! Onde eu vou ficar enquanto vocês ficam nessa rixa idiota com nossos vizinhos?
Margaret: Ah é... me esqueci que você estava aqui. Faz o seguinte, toma 50 dinheiros e fica brincando naquele avião mecânico de brinquedo a tarde toda! Vamos Harold! (Eles saem)
Eric: Mas eu tenho medo de aviões! E de coisas mecânicas! E de brinquedos! Ah bem, acho que sei algo que eu poderia fazer com 50 dinheiros...

Margaret e Harold estão na aula de cuidados com o bebê. Há um bando de mulheres grávidas e maridos. Zé e Gigi estão lá.

Zé: Normais! O que fazem aqui?
Harold: Inscrevemos-nos na aula? Por quê? É proibido?
Gigi: Não, mas é que geralmente você está grávida quando faz essa aula.
Margaret: Está tentando sugerir que eu sou velha e já passei da menopausa? Pois saiba que você é uma biscate sem vergonha!
Harold: Biscate? Quem é que fala biscate nos dias de hoje?
Candy: Bom dia aos futuros papais e às futuras mamães!
Margaret: Uhum...
Candy: E bom dia ao casal de velhos que decidiu fazer a aula também! Meu nome é Candy Sweet e eu serei sua instrutora hoje. Eu vou chamar os futuros papais para pegar a boneca que usaremos como bebê hoje! Zé do Campo (Zé vai até a frente e pega uma boneca), Harold Normal (Harold vai até a frente e pega uma boneca)...
Zé: Boa sorte na aula de hoje vizinho!
Harold: Ah, você está tão ferrado! (Alguns nomes depois)
Candy: Bem, agora que todos têm um bebê vamos começar. Eu vou ligar todos os bebês e eles começarão a chorar. Vocês têm que descobrir o que há de errado com o bebê. Já! (Todos os bebês começam a chorar)
Margaret: Calma pequeno, pare de chorar. Mamãe vai te dar um pouquinho de álcool, isso sempre acalmava o Robert.
Harold: Ah, bons tempos quando podíamos embebedar um bebê sem ter uma agente social no nosso pé.

Algum tempo depois só o bebê de Margaret e de Harold continua chorando.

Margaret: (Batendo a cabeça da boneca contra a bancada) Maldito bebê! Você só me causa desgraça e infelicidade! Por que você não morre e me deixa em paz? Eu te odeio! Eu te odeio!
Harold: Ah, isso me lembra de quando o Robert era pequeno...
Candy: Sra. Normal, por favor, largue o bebê... não é assim que se faz!
Harold: Candy, é melhor você deixar para lá. Confia em mim... você não vai querer irritar minha esposa mais ainda.
Candy: Bem, mas a aula já acabou de qualquer forma. Semana que vem nos vemos de novo. Até lá futuros papais! E, Sr. Normal, eu tenho um remédio anti-estresse que é ótimo.
Harold: Eu não preciso da sua piedade, Candy! Vamos Margaret!
Margaret: Por que esse bebê não cala a boca? Ele me odeia, todos me odeiam! E eu odeio você por ter me engravidado seu cafajeste!
Harold: Ah, boas memórias...

Margaret e Harold encontram Gigi e Zé no corredor.

Margaret: Ora, se não são os pais do ano?!
Gigi: Margaret, eu sinto muito pelo que ocorreu! Mas eu acho que aquele seu bebê estava com defeito!
Margaret: É... faz sentido! Devia estar mesmo!
Zé: Com certeza! Agora vamos Gigi, senão vamos nos atrasar para nosso serviço voluntário no abrigo para sem teto.
Margaret: Vocês também vão para lá!? Que coincidência! Nós estávamos indo fazer esse tal de serviço voluntário também!
Harold: O quê? (Margaret pisa no pé dele) Aii!
Margaret: Já encontramos com vocês. (Zé e Gigi saem) Esses dois são piores do que eu pensava! Agora estavam esfregando na nossa cara que eles fazem serviço voluntário e nós não! Nós ainda temos chances de mostrarmos que somos melhores que eles!
Harold: Mas ficar ajudando os pobres? O que os pobres já fizeram por mim?
Margaret: Bem, eles nos fazem sentirmos melhores sobre nós mesmos!
Harold: Verdade... tudo bem.

Margaret, Harold, Zé e Gigi estão no abrigo para sem tetos. Há uma fila e uma enorme panela no final da fila. Padre Lino se aproxima do grupo.

Padre Lino: Zé, Gigi, que prazer vê-los aqui ajudando como bons condorelianos. Condor guardará um lugar especial para vocês dois.
Gigi: Obrigada Padre Lino.
Padre Lino: Margaret, Harold, que... surpresa vê-los aqui.
Margaret: Olá Padre! Não o vejo desde que fomos à igreja da ultima vez!
Padre Lino: Sim, aquele dia é difícil de apagar da memória... por mais que eu tente.
Harold: Então, vamos logo começar a ajudar esses pequenos estorvos da Terra.
Padre Lino: Certo! Margaret, você servirá a sopa. Harold, você servirá o pão! Lembre-se, uma tigela e dois pedaços de pão para cada um. Gigi e Zé, vocês ajudarão na cozinha. Vamos. (Os três saem e vão para a cozinha)
Margaret: Não parece tão difícil.
Harold: É, qual a pior coisa que pode acontecer?

Margaret e Harold estão servindo os pobres.

Sem-teto: Eu gostaria de mais uma tigela de sopa, por favor...
Margaret: Ah não, você já comeu uma tigela engraçadinho! Nada de repetir.
Sem-teto: Eu gostaria de mais uma tigela de sopa, por favor...
Margaret: Eu já disse que não...
Harold: Eu estou com uma coceira horrível.
Sem-teto: Eu gostaria de mais uma tigela de sopa, por favor...
Margaret: Ok, chega de ser boazinha.

Mais tarde. Uma ambulância está na frente do abrigo.

Margaret: Ele estava pedindo para repetir e eu disse que não.
Padre Lino: Você não precisava bater na cabeça do pobre homem com a concha de sopa!
Margaret: Ah, aposto que ele está bem! (No fundo os enfermeiros ensacam o corpo do sem-teto) E isso vai servir de lição de que só se pode comer uma tigela!
Harold: Estou com uma coceira desgraçada. Acho que os pobres me passaram sarna...
Margaret: É provável. Aquele lugar estava empestado! Pelo menos a sopa parecia melhor do que aquela gororoba que eles servem na igreja.
Padre Lino: Eu agradeceria se vocês nunca mais fizessem nenhum tipo de serviço voluntário.
Gigi: Zé, estamos atrasados.
Harold: Por Condor! Vocês vivem atrasados!
Zé: Hoje é um dia especial. Eu e a Gigi vamos ajudar no hospital de animais.
Gigi: Sim, eu amo animais. Sou formada em veterinária.
Margaret: Não precisa se exibir.
Gigi: Bem, vamos querido. (Eles saem)
Harold: Ah não Margaret! Nem pensar! Pode desistir.
Margaret: Harold, precisamos! Para o hospital de animais!

No hospital de animais Margaret e Harold estão ao lado de um veterinário que está fazendo uma cirurgia numa cabra.

Doutor: Enfermeira, bisturi.
Margaret: É comigo?
Doutor: Sim, rápido!
Harold: Acho que vou vomitar... (Uma enfermeira entra)
Enfermeira 1: Doutor, uma vaca entrou em trabalho de parto.
Margaret: A Gigi já vai ter o filho?! Achei que ela ainda tinha um mês! (Uma outra enfermeira entra)
Enfermeira 2: Doutor, acabou de chegar ao hospital um porco deformado. Você devia ver o coitado, é de dar pena. Ele deve estar chegando aqui a qualquer momento! (Um enfermeiro entra com a Julieta numa maca)
Margaret: Isso não é um porco, é a minha neta!
Enfermeira 2: Serio? Coitada da sua família...
Harold: Já chega, não agüento mais. Vamos embora Margaret.
Margaret: Está certo! Que se dane os dos Campos! Vamos! (Zé e Gigi entram)
Zé: Já estão indo vizinhos?
Harold: Zé, nós não precisamos disso! Somos mais inteligentes que vocês caipiras burros e não precisamos provar isso!
Margaret: Exatamente! Ninguém liga para o que vocês pensam! Nós sabemos da nossa superioridade!
Harold: Então vamos embora, ver a nossa novela e deixaremos vocês aqui com sua tentativa de dar sentido às suas vidas chatas!
Zé: Tudo bem! Foi um prazer passarmos o dia hoje com vocês.
Gigi: Espero que logo possamos repetir isso!
Margaret: Droga! Vocês dois são chatos mesmo! Vamos Julieta! Vamos para casa!

Enquanto isso. Na loja de armas, Eric entra.

Eric: Bom dia.
Happy: Bom dia e bem vindos à loja de armas do Happy Gun... em que posso servi-lo?
Eric: É verdade que as armas fazem as pessoas ruins irem embora?
Happy: Claro! E quanto maior a arma mais pessoas ruins você pode mandar embora... espere um minuto, quantos anos você tem?
Eric: Idade suficiente para ter uma nota de 50 dinheiros.
Happy: Pra mim está bom!

Fim

domingo, 3 de janeiro de 2010

A Amante do meu Marido

Robert, Emily e seus filhos estão na mesa da cozinha, tomando o café da manhã.

Emily: Robert, eu estou ficando preocupada com nosso casamento.
Robert: Por quê? O que eu fiz dessa vez?
Emily: Nós não transamos a uns nove dias, esse é o nosso recorde.
Julieta: Eca, mãe! A gente ta bem aqui do seu lado!
Emily: Eu sei querida. Eu daria tudo pra você não estar! (Julieta sai correndo, chorando).
Eric: Mamãe, você não está pensando em se separar do papai, né?
Emily: Não, claro que não. Eu amo o seu pai.
Eric: Oba! Não conseguiria viver nessa casa com dois velhos decrépitos e uma irmã que parece o pé grande! (Eric sai correndo alegre)
Robert: É verdade? Você me ama tanto assim?
Emily: Mais ou menos. Eu só não quero virar uma sem teto.
Robert: Que bom que você demonstra tanto o seu amor por mim! Mas por que você está tão preocupada?
Emily: Você está chegando cada vez mais tarde em casa. Semana passada mesmo você entrou pela porta às sete e meia, subiu as escadas às sete e meia e chegou no quarto às sete e trinta e um!!
Robert: Eu já te falei que agora eu estou muito ocupado, estou fechando negócios com uma empresa de lingerie. Vamos criar a “Cindy Dançarina de Cabaré”, por isso estou chegando tarde em casa.
Emily: Nossa Robert! Você pensa que eu sou idiota? Fica me iludindo, falando que é tudo parte do seu emprego nessas tais “empresas Cindy”. Não temos nem prova de que você realmente trabalha lá.

Robert abre a porta de um armário. Milhões de bonecas despencam, formando uma cachoeira interminável de bonecas Cindy.

Emily: Grande coisa! Isso pode ser só o fruto de sua obsessão louca por essas bonecas.
Robert: Ah é? (pega uma “Cindy Guia de Fabricas” e aperta um botão em suas costas).
Cindy Guia de Fabricas: Bom dia para todos! Eu sou uma boneca Cindy, projetada pelo grande, formidável e estupendo inventor do século, senhor Robert Joseph Normal.
Emily: Ta, você venceu, você é dono das empresas Cindy! Mas isso não muda o fato de ter uma amante!!
Robert: O que? Mas que idéia é essa?
Emily: Cala a boca e confessa tudo!
Robert: Oi? Agora você me confundiu. Como eu posso calar a boca e confessar ao mesmo tempo?
Emily: Odeio quando você pensa e esquece de ser submisso!
Robert: Bem, agora eu tenho que ir trabalhar. Não me espere para almoçar, vou a um restaurante com a dona da empresa de lingerie para discutir a nossa união.
Emily: Eu sabia. Você está tendo um caso com ela!
Robert: Claro que não, querida.
Emily: Então por que você não faz o almoço aqui em casa?
Robert: Deixa eu ver....porque você odeia cozinhar, arrumar a casa, cuidar dos filhos, limpar, passar, aspirar os tapetes.......essas coisas!
Emily: Como eu ia saber que ao virar dona de casa eu teria realmente que arrumar a casa. Eu pensava que era só um status social.
Robert: Tudo bem, agora eu já estou três minutos atrasado para a minha reunião com a mulher. Tchau querida! (Robert sai).
Emily: Tchau querido! Retardado! Pensa que vai ficar me traindo bem diante do meu nariz. Isso não vai ficar assim.

A hora do almoço está se aproximando. Emily está com um sobretudo e um chapéu, ambos vermelhos.

Emily: Crianças! Venham aqui agora!
Eric: Sim mãe.
Julieta: Oi, o que você quer de mim?
Emily: Nossa, mas que educação que te deram! Eu preciso que vocês me ajudem a espionar seu pai.
Julieta: O que?
Emily: Ah, pelo amor do meu deus Condor! Você ta surda agora? Preciso que vocês me ajudem a espionar seu pai no restaurante. Tudo indica que ele está com a amante vagabunda dele.
Eric: Mamãe, o que é vagabunda?
Emily: É tipo........a sua irmã.
Eric: Nossa! Então deve ser algo muito ruim!
Emily: Vamos! Eles estão no restaurante La Bouche!
Julieta: Esse não é o restaurante mais chique da cidade?
Emily: Cala a boca garota. Você quer me destruir, é isso?
Julieta: Me desculpe. Mas como iremos pra lá sem o papai nos notar?
Emily: Fácil, eu serei Leona, a super hiper mega topmodel! Eric, você será meu estilista gay e anão.
Eric: Mamãe, eu tenho medo de ser estilista. E se eu fizer uma roupa e ninguém gostar? Ai eu vou ser tão humilhado quanto a minha irmã.
Emily: Que saco! Você não vai ser estilista de verdade, ta? E além do mais, você vai trabalhar para Leona Diaz, a maior topmodel do mundo!
Julieta: E eu? Eu também quero me disfarçar.
Emily: Hahahaha....qual a parte de ser feia que você não entende? Mesmo se você morrer e renascer três vezes, seria muito difícil melhorar a sua cara.
Julieta: Droga! Eu queria tanto ajudar.
Emily: Não me olhe com essa cara triste.
Julieta: Eu não estou triste.
Emily: Desculpa, garota-homem. Eu olho pro seu rosto e penso como triste você deve ser por ter ficado terrivelmente transfigurada. Você pode ser Edwilson, o garçom pobre e subdesenvolvido.
Julieta: Obrigada mãe! Você sempre me faz parecer melhor do que eu sou!
Emily: Eu sei! Agora vamos, seu pai já deve estar se agarrando com aquela mocreia.

Enquanto isso, no restaurante.

Robert: Então Élise, o que você está achando do escargot? Me disseram que esse restaurante é o mais fiel a culinária francesa.
Élise: Está muinto bon!!
Robert: Ótimo! Não queria perder minha aliada mais importante por causa do serviço desse lugar.
Élise: Naum prrecisa se prreocupar. Nada me farria mudarr de opinion sobrre a minha union com as emprresas Cindy.

Emily e os filhos entram no restaurante.

Emily: Ali está ele, com aquela vagabunda! Julieta, quero dizer, Edwilson, vá lá descobrir sobre o que eles estão falando.
Julieta: Já estou indo.
Emily: E não me desaponte mais do que o normal! Lembre-se, eu gastei muito dinheiro nessa sua fantasia idiota de garçom italiano!!

Julieta se aproxima da mesa, Emily e Eric se sentam na mesa ao lado.

Julieta: Olá! Meu nome é Edwilson! Posso ajudá-los?
Robert: Não obrigado.......eu não te conheço?
Julieta: Ahn....acho que não, senhor Robert. Eu sou apenas um simples garçom italiano.
Robert: Eu tenho duas perguntas para te fazer, a primeira é, como você sabe o meu nome? E a segunda é por que você é italiano se esse restaurante é francês?
Emily: Droga! Da próxima vez você será o garçom e ela o estilista gay.
Eric: Sim mamãe, quero dizer, Leona Diaz!
Julieta: Nossa! Mas que preconceito! Não posso ser um garçom italiano num restaurante francês que pessoas do seu tipo começam a me humilhar em publico. (Julieta sai correndo, chorando e se esconde na cozinha)
Emily: Essa resposta foi genial! Me lembra de ser boazinha com ela por dez minutos.
Élise: Mass que garçom estrranho!! Até me assustei com a carra delle.
Robert: É, era realmente uma aberração da natureza. Então Élise, está tudo combinado? Vamos fechar o negócio? (estica a o braço para dar um aperto de mão)
Emily: Pare já com essa indecência! (se levanta da mesa e começa a gritar).
Robert: Quem é você?
Emily: Eu sou Leona Diaz, a super hiper mega topmodel, mas nas horas vagas eu sou.......sua mulher (tira o sobretudo e o chapéu).
Robert: Emily é você mesmo? E quem é esse ao seu lado?
Eric: Sou eu papai! Mas deveria ser o estilista anão gay dela.
Robert: Eu pensei que você tinha medo de estilistas.
Emily: Tanto faz! Continua o que você ia fazer. Ia pedir ela em casamento, né?
Élise: Dessculpe, esstou muinto confusa!
Emily: Você é a vaca, amante do meu marido, não é?
Élise: Naum entendo o que essta acontecendo!
Emily: Ah! Uma prostituta que finge ser francesa!
Élise: Prostituta, moi?
Julieta: Oi gente, voltei!
Robert: Julieta, você era o garçom italiano com nome de paraíba?
Élise: O que esstá acontecendo aqui?! Roberrt você conhece essas pessoas?
Robert: Eu....eu...
Emily: Fala Robert, fala pra ela.
Élise: Porque se você conhecê-los, o acorrdo esstará acabado!
Robert: Tudo bem, eles são todos da minha família. Emily é minha esposa, ela é um pouco ciumenta.
Emily: E ainda tenta jogar a culpa da infidelidade pra mim.
Robert: Ela pensava que nós estávamos, bem, num encontro.
Élise: Nossa mas que coissa! Gossto de verr uma mulherr que se prreocupa com a vida conjugal. Lembrra-me de minha mama e meu papa na Frrance quando eu erra um garrotinho! Esstou até dissposta a reconciderrar tudo.
Robert: Ótimo! Então está tudo combinado.
Élise: É melhorr você irr agorra. Parra a sua casa.
Robert: Tudo bem, te vejo na semana que vem!

A família sai do restaurante.

Emily: Você está bem Robert?
Robert: Vocês quase me fizeram perder uma aliada muito importante e por causa de um ciúme bobo.
Emily: Eu bem que falei, falei para ela que esse plano era uma encrenca, mas ela não me ouviu! (olha para Julieta).
Robert: Oh, querida. Eu sabia que essa idéia louca não podia ser sua.
Julieta: Você acreditou nisso?
Robert: Cala a boca, menina! Estou fazendo a frase apaixonada e melosa do final do episódio. Nem isso você consegue entender?

Fim