sábado, 3 de abril de 2010

Policial Emily a seu serviço

Emily e Margaret chegam ao banco. A fila está imensa.

Emily: Nossa! A fila está imensa! Ainda bem que você é velha e poderemos usar o guichê preferencial. (Emily começa a empurrar as pessoas enquanto passa) Passando, passando, sai da frente todo mundo! Pessoa semimorta passando! (As duas chegam ao guichê preferencial, uma velhinha está sendo atendida. Emily a empurra) Com licença vovó! (Ela se vira para o caixa) Oi, eu gostaria de pagar algumas pequenas contas...

Neste momento dois homens encapuzados com armas entram no banco.

Ladrão 1: Muito bem! Ninguém se mexe! Todo mundo para o chão. (Todo mundo vai para o chão menos Margaret e Emily)
Emily: Hey, caixa! Eu estava falando com você! Não ouse se abaixar e tentar se esconder enquanto eu estiver falando com você.
Margaret: Emily, acho que estamos no meio de um assalto...
Emily: Quê?! Não seja ridícula! Se fosse um assalto teriam homens encapuzados com armas!
Ladrão 2: Uhum!
Emily: Ah deus Condor! É um assalto! Podem matar a velha, mas, por favor, me poupem!
Margaret: É bom ver que você se preocupa comigo querida.
Ladrão 2: Nós não vamos machucar ninguém! Só queremos todo o dinheiro!
Emily: O que?
Ladrão 1: É isso aí madame! Passa o dinheiro que vamos embora!
Emily: Olha, eu já ofereci a velha! É pegar ou largar.
Ladrão 2: Pára de brincadeiras e entregue logo o dinheiro!
Emily: Eu não quero recorrer a violência, mas vocês estão me obrigando!
Ladrão 1: Ah é! E o que uma mulher como você pode fazer?

Mais tarde, a policia está toda na frente do banco. Os dois ladrões estão em cima de macas. Policial Holz está falando com Emily.

Holz: Impressionante! Já trabalho na policia há anos e é a primeira vez que vejo ladrões implorarem para serem presos.
Ladrão 1: Faça o que quiser conosco! Nos prendam, nos matem...
Ladrão 2: É! Só não deixa mais a gente ficar com essa maluca!
Emily: Sabe policial, eu tenho um jeito especial de falar com bandidos. O único jeito que eles entendem! (Vários repórteres se juntam em torno de Emily)
Rebecca: Emily, uma palavrinha! Rebecca Quente, colunista do jornal ‘A Verdade’. Nós queremos saber a verdade: O que você sentiu enquanto espancava os dois bandidos?
Emily: Espancar é uma palavra muito forte... Eu prefiro ‘massacrar’!
Rebecca: A policia precisava de mais pessoas como você!
Holz: Exatamente isso que estava pensando! E, pelo visto, o Comissário concorda! Por isso gostaríamos de convidar Emily para se juntar a nós na luta contra o crime em Cosmópolis! Aceita?
Emily: É claro que aceito! Vou ganhar dinheiro para bater e humilhar pessoas! É meu sonho virando realidade! Vem cá, como policial eu sou permitida a espancar quem eu quiser? Com, por exemplo, garotas feias?
Holz: Claro! Todo cidadão tem o direito de espancar garotas feias! Está na Constituição.
Emily: Legal!
Holz: Então te vemos amanhã para começarmos seu treinamento!

No dia seguinte, Emily, vestida com uma camisa azul , um mini short preto, um chapéu de policial e com um distintivo no peito, está na delegacia.

Holz: Bom dia Emily, pronta para começar seu treinamento?
Emily: Muito! Quando é que eu vou poder atirar em alguém?!
Holz: Calma, Emily! Só fazemos isso na segunda aula! Hoje nós te ensinaremos como fazer as outras pessoas te obedecerem e te temerem!
Emily: Ah, mas eu já sei fazer isso! (Ela se vira para um policial muito magro) Ei, você, vilão do He-man! Eu quero um pouco de café e uma rosquinha em trinta segundos ou eu não vou me responsabilizar por nenhum ente querido seu que apareça desfigurado amanhã! (O policial sai correndo) Viu?
Holz: Muito bom! Já vi que você vai ser a policial má! E por isso temos que arranjar um parceiro que seja um policial bom... hum...que tal a Kristy? Kristy vem cá!
Kristy: Oi Holz! Feliz dia sorridente para você!
Emily: Ah, deus Condor, ela só está aqui a cinco segundos e eu já odeio ela. É um novo recorde.
Holz: Kristy, essa é Emily, sua nova parceira.
Kristy: Ah, deus Condor! Que bom conhece-la! Eu tenho a impressão que vamos ser melhores amigas! Aí nós duas vamos fazer tranças uma no cabelo da outra e pintaremos nossas unhas juntas!
Emily: Corta essa Kristy! Holz, eu quero um outro parceiro!
Holz: Impossível, Kristy é a única policial daqui sem um parceiro.
Emily: Imagino o motivo.
Kristy: Meu antigo parceiro foi morto... foi encontrado com um tiro na cabeça...
Emily: Querida, ele não foi morto! Ele se suicidou! Mais alguns dias com você e eu provavelmente pensarei em fazer a mesma coisa... (o rádio de Holz toca)
Voz no radio: Temos um suspeito na rua dos Criminosos...
Holz: Certo, Emily, Kristy, vão para lá investigar isso.
Kristy: Certo chefe! (Kristy sai correndo)
Policial 1: Aqui, aqui está seu café e sua rosquinha.
Emily: Você demorou muito cabide! É melhor você e sua família saírem da cidade em 24 horas se quiserem continuar vivos! (Emily sai também)

Emily está sentada dentro do carro de policia. Kristy entra com um saco de papel.

Kristy: Trouxe o lanchinho!
Emily: Finalmente! Ah, um hambúrguer! Você não é tão inútil quanto eu pensava Kristy. (Emily dá uma mordida e cospe tudo) Que porcaria é essa?!
Kristy: Hambúrguer de soja! Emily, os animais são nossos amigos! Não podemos matá-los! Você se sentiria bem comendo sua própria filha no jantar?
Emily: Não, eu nunca comeria minha filha! A carne dela provavelmente iria me fazer muito mal!
Kristy: Nós temos que amar tudo que é vivo!
Emily: Agora eu sei por que te odeio tanto! Você é igualzinha a meus pais...
Kristy: Olha, parece que o nosso suspeito está saindo de casa! Temos que ficar atentas! Não podemos deixá-lo perceber que estamos aqui. (Kristy percebe que Emily não está mais dentro do carro) Emily?

Emily está fora do carro pressionando a mesma velhinha que estava no banco contra a parede. Os pés da velhinha não tocam o chão.

Emily: Responda vagabundo! Pra quem você trabalha!? O que você sabe!? Não me obrigue a usar minha arma!
Kristy: Emily! Essa não é o suspeito! O suspeito é aquele correndo rua abaixo.
Emily: Ah deus Condor! (Emily derruba a velhinha que cai no chão)
Velhinha: Minhas costas!
Emily: Parado suspeito! Em nome da lei!

Emily começa a perseguir o suspeito. Ele entra num beco escuro e ela também.

Emily: Agora não tem para onde fugir.
Suspeito: Por favor, não me machuque! Eu não fiz nada! Juro!
Emily: Aham, então por que estava correndo?
Suspeito: É que eu reconheci minha ex-namorada... ela é um pesadelo! Não queria que ela me visse.
Emily: Deixa-me adivinhar: Kristy?
Suspeito: Sim, sim... ela mesma!
Emily: Pois é...eu sei como você se sente... Mas nós recebemos informações que teria um suspeito nesta rua. E, pelo visto, esse suspeito é você...
Suspeito: Sim, eu tenho fornecido algumas informações para Johnny Balofo, o mafioso local. Mas só isso!
Emily: Hum, tudo bem... então vou te deixar ir embora só com uma surra...
Suspeito: Como assim, surra?

Aparece o beco e o suspeito começa a gritar. Mais tarde, Emily volta ao carro da polícia.

Emily: Pelo visto ele trabalha para Johnny Balofo, o mafioso local. Mas ele fugiu.
Kristy: Imaginei... o que faremos?
Emily: O que mais? Vamos atrás de Johnny...
Kristy: Você está maluca? Johnny Balofo é o pior criminoso da cidade? Nunca nenhum policial ousou enfrenta-lo!
Emily: Bem, sempre tem uma primeira vez...

As duas estão na casa de Johnny Balofo. Emily chuta e derruba a porta. Antonio está lá.

Emily: Aqui é a casa de Johnny Balofo? Chefe da máfia?
Antonio: Sim, o que desejam?
Emily: (pegando Antonio pelo pescoço) E você é Johnny?!
Antonio: Não, não! Meu nome não é Johnny! Sou Antonio!
Johnny: Yo sé Johnny Balofo! Qui son vocês?
Kristy: O que? Isso aqui não é o banheiro? Emily, você me falou que iríamos ao banheiro! Desculpe Sr. Balofo.. vamos Emily!!
Emily: Não se mexa Kristy! Johnny Balofo você está preso!
Johnny: Posso sabere por que?
Emily: Por... por... o que ele fez?
Kristy: O habitual: contrabandeou, ameaçou, matou...
Emily: Sim, sim! Mas por que nós estamos o prendendo?
Johnny: Garottas, rellaxem! Qui tal uma bebida?
Emily: Ótimo! Uísque com gelo, por favor!
Johnny: Antonio!
Antonio: Vou servir as bebidas.
Kristy: Emily, eu não posso beber...
Emily: Ah, Kristy! Deixa de ser chata! Qual a pior coisa que poderia acontecer?

Kristy aparece com uma garrafa de uísque na mão, em cima da mesinha.

Kristy: Hehehe! Eu já te falei da vez que descobri que meu pai era gay?
Emily: Não amor, fale...
Kristy: Hahaha... é muito bom... hahaha... haha... esqueci...
Johnny: Enton, a quanto tempo está no police?
Emily: Hoje é meu primeiro dia. Estou gostando.
Kristy: Gente... acho que acabei de ter um encontro com Condor...
Emily: Sério?
Kristy: Uhum! Eu acabei de vê-lo aqui! Ele me falou: “Kristy, tu é o cara!”
Emily: Que bom para você Kristy.
Kristy: Eu já te mostrei a Dança da Galinha?! É mais ou menos assim!
Emily: Eu acho que vou embora... você sabe que a festa chegou ao fim quando alguém faz a dança da Galinha... Obrigada pela noite agradável Johnny!
Johnny: Mio prazere! Aparece quando quisere!

Emily está na casa dos Normais. Margaret está com ela.

Margaret: Você pediu demissão!? Por quê? Achei que estava gostando do emprego de policial.
Emily: E estava... até ver o que eles pagam! Pelo amor de Condor! Se quisesse ganhar pouco dinheiro não teria casado com seu filho!
Margaret: Você está certa!
Emily: Mas sabe... estou triste... estava começando a gostar da minha parceira. Nunca vou esquecer-me dela.
Margaret: Como é o nome dela?
Emily: Não me lembro... alguma coisa que começava com ‘S’...

Fim